Nas ruas de uma cidade tão triste e vazia
Andando sem destino, atento ao meu caminho
Um gelo na espinha e a noite que vem tão fria
Sem medo do escuro, pois sei que estou sozinho
Há muito que não vejo nem mesmo um sinal
Pois todos já se foram e este é meu destino
Vagar pelas ruas, me render a solidão
Perder a sanidade e fingir que eu me importo
E agora eu entendo o quanto eu perdi
O quanto foi efêmero tudo que vivi
Nem ao mesmo tive tempo para me recordar
Então fecho os meus olhos, já não posso mais sonhar
E muitos anos após a extinção da humanidade
O último remanescente da espécie finalmente percebeu que estava sozinho
De que seu dinheiro não comprava mais nada
E de que Deus, hã, jamais viria o salvar